A melhor maneira de tirar a roupa, é tirá-la sem que se perceba. Disse um senhor há pouco na televisão Brasileira. Espero que os mais críticos não se sintam ofendidos pelo facto de ter proferido a televisão Brasileira, embora não perceba bem porquê, há, com certeza, alguém que vai pensar o que eu penso que vai pensar.
Choro. Riu e sorrio, e de vez em quando volto a gargalhar outra vez. Dou erros ortográficos. Não faço sentido! Digo o que penso. Gosto de comer, de doces e marisco. Gosto de inter-rail. Faço o que quero. Impulsivamente! O momento, sem calmas. Mas também sei esperar. Não tenho vergonha de nada, mas às vezes sou tímida. Não vivo sem música, sem cinema. Não tenho tabus. Nem preconceitos. Não gosto de touradas. Arrisco sem medos. Gosto do hoje e do agora, e vou gostar de amanhã. Atrevo-me a ser diferente. Arrepio-me com a mão no meu cabelo e na nuca. Quero ter filhos. Não quero ser dona de casa. Gosto de cozinhar e de comida congelada. Detesto tarefas domésticas. Vivo no limite. Tenho ciúmes. Não sigo todas as regras. Não sou discreta, e gosto. Gosto de escrever, de ler. Prefiro a praia ao pôr-do-sol. Não gosto de pirosices e odeio ursos de peluche. Gosto de sexo porque me faz bem. Gosto de paixão e de amor. Oh se gosto! Calço sapatos altos e ténis, mas prefiro andar descalça. Sou complicada. Adoro surpresas. Gosto de experimentar coisas novas. Já tive um amante, e não recomendo. Acordo de mau humor. Gosto do cheiro do tabaco nas mãos. Gosto de bebidas alcoólicas. Tenho um dossel. Gosto de mochilas. Pinto as unhas de cores estranhas. Gosto de inteligência e de conhecimento. Não gosto de homens musculados. Mas gosto muito de homens. Conduzo mal. Tenho poucos amigos. Sou vermelho, mas sigo sempre em verde. Adoro vacas. Quero viajar muito. A Nova Zelândia é a minha praia. Falo e falo. Gosto de controvérsia. Adoro genuidade e charme. Grito quando me apetece. Gosto de máscaras e rímel. Gosto de ser magra. Adoro pijamas de flanela. Não sou católica. Sou obstinada. Vou a sex-shops. Gosto de dançar. Sou viciada em café. Sou optimista. Gosto de ti. Canto mal. Adoro o clã da minha vida. Atraem-me pessoas complicadas. Quero dar a volta ao mundo. Não tenho rótulos. Não ligo a futebol. Gosto de saldos. Gosto do bairro alto. Gosto de Pias. A política fascina-me. Não vivo sem perfume. Adoro tomar banho. Ando sem fim. Quero experimentar sexo tântrico. Gosto do cheiro da ganza. Chateio-me com a falta de educação. Não gosto de pessoas chatas. Adoro teatro. Gosto de pessoas fortes. Nunca desisto. Adoro abraços. Acredito em mim. Adoro ser livre. Gosto das coisas simples da vida. Gosto de ser assim! E depois?
Se a chama chega, e ninguém chega à chama, de que vale arder?
Se os livros se escrevem, e ninguém os abre, de que valem as palavras?
Se o tempo avança, e nós não avançamos com ele, de que vale o progresso?
Se o conhecimento se espalha, mas nós não o atingimos, de que vale viver?
Se a verdade é múltipla, e nós temos pouco espaço, de que vale a curiosidade?
Se o barco parte, sem velas, de que serve a maré?
Não se mostra o trajecto a quem parte para se perder. Não se dá boleia a quem precisa de ir a pé. E é como quando pensas que estás a chegar e não deste um passo.
Onde estou, nada mais pode crescer, eu sou assim, uma fénix a arder, são só os meus erros e toda a minha culpa.
Hoje, até o ar anda cansado. Preciso de um enigma para pôr fim ao turpor. Não sei o que me deu, não costumo estar assim, desço a rua que passa rente á boca do mundo. Sinto a vida que passa e os rumores que circulam na boca do mundo. E é tudo o que faço e é todo o meu cansaço. Por fim...
Outra vez onde sempre quis estar.
Entenda-se que sempre significa um curto espaço de tempo, num passado pouco passado.
Outra vez com quem sempre quis estar, a fazer planos com quem sempre quis fazer. Outra vez fora de casa a planear a próxima vez que estarei fora de casa também. Outra vez a pensar na paz deste lugar onde os dias passam entre festas e tranquilidade, onde se come bem, bebe bem, e se é inesquecivelmente bem recebido, com a simplicidade das pessoas que sempre quiseram tanto, sonharam tanto e tornaram a sonhar; onde liberdade foi utopia.
Onde os nossos probelmas, lá da confusão, se apagam um pouco e se transformam em dúvidas sobre a hora da próxima fornada. A calma é característica, está enviesada, não sai, nem pode sair. A pronúncia é inquestionavelmente a melhor das definições.
Esta Terra tem cheiro, um cheiro tão forte, que a vida se percebe de uma maneira totalmente diferente. As festas aqui são mesmo festas e quase tudo é motivo para. As viúvas andam ençarradas em panos pretos, debaixo de uma grande calma (calor) e falam. Falam do que foi e com muita indignação do que é. O tempo passa e elas recusam-se a acompanhá-lo.
A gargalhada é fácil e a graça é superiormente maior aqui. É isso, as pessoas têm mais graça e com isso mais charme. Aqui as loucuras cometem-se sem o peso das responsabilidades. Aqui cometi loucuras! Aqui fui muito Feliz. Muitas gargalhadas, muita dança, muita conversa, música, festas, fogueiras, febras, minis e afins, suor, pessoas, palavras e vida, muita vida.
Não é à toa que alguém a chama de Terra Santa!
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