Odeio este calor insuportável. Odeio ter que dividir o meu dia entre livros, água, banhos e cafés. Odeio conversas sobre o tempo, aniversários de faz de conta, coisas falsas e de circunstância. Odeio o Instituto Superior Técnico, e gostava que isso ficasse intensamente referido. Odeio pessoas insuladas, quando eu ando pálida por não sair de casa. Odeio tempo inútil e insónias, devido ao calor. Odeio não ter posições de estar, e já nem estudar no chão me traz paciência e concentração. Não gosto de pessoas que não abrem o jogo, ou simplesmente noticiam game over antes de qualquer jogada. Não gosto desta preocupação com os exames e muito menos do paradoxo entre querer que o tempo passe devagar e querer que passe a voar. Odeio não ter silêncio, nem às três da madrugada para fumar um cigarro á janela. E odeio melgas que me vão comendo entretanto. Odeio estar constantemente peganhosa. Odeio dar de caras com a realidade. Odeio pessoas sem imaginação e pessoas cuja imaginação vai para lá da loucura. Odeio não perceber a vida, as coisas, as pessoas, as circunstâncias, as coincidências e as ironias. Odeio quando nada é como eu quero e odeio crises existenciais provocadas pelos neurónios guisados não sei se do estudo, se do calor. Odeio o mês de Julho. Odeio ter crescido. Odeio pessoas mentirosas e calma. Odeio ter que repetir esta palavra, mas é a que mais frequentemente me ocorre.
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