Segunda-feira, 12 de Julho de 2010

Homens e Mulheres

Homem – nome que se dá ao ser humano do sexo masculino, animal bípede da ordem dos primatas pertencente à subespécie Homo sapiens.

Mulher – nome que se dá ao ser humano do sexo feminino.

 

Aqui em cima, ou cientificamente, parece tudo muito mais simples, muito mais descodificado e tudo está preto no branco. Mas será esta a grande diferença? Serão mesmo os homens todos iguais? E neste caso, terão todas as mulheres as mesmas dúvidas, receios, e maneiras de pensar em relação a “Eles”?

 

Ora aqui está tema de controvérsia de muitos e muitos anos, desde Adão e Eva, desde sempre!

 

Porque razão se torna tão difícil aos homens rejeitarem o olhar que se impõe sobre o corpo bem feito de uma mulher? Na conversa com dois amigos, percebi que existem dois tipos de mulheres, as para foder e as para namorar/casar/juntar, aquilo que implique seriedade. Segundo eles, isso percebe-se ao longe, e eles imprimem-lhes um rótulo, sem sequer serem preciso grandes conversas.

 

Eu sei que avaliar e generalizar os homens por esta conversa não está correcto nem é justo. Por isso, continuei a minha pesquisa e consequentemente o meu pensamento, como espécie feminina.

 

As pessoas são diferentes, independentemente de terem o mesmo sexo. Acredito, sem qualquer ingenuidade, que as mulheres também pensam como os homens, em muitos momentos, e acredito e sei que também elas pensam, um dia, nas relações só e apenas com interesses carnais, sem mais nenhum objectivo e afastando tudo o que são afectividades. Sei, que no que toca a necessidades, as mulheres têm exactamente as mesmas que os homens, talvez mais oprimidas, um dia, talvez mais acanhadas, outro, no entanto, não menos necessitadas, não menos carenciadas, de tudo a que o ser humano experiencia. Há quem defenda, que embora ambas as partes necessitem de sentimentos (amor, carinho, etc.), as mulheres têm-nas muito mais. Talvez seja opinião feminista, ou talvez seja só a minha, mas não concordo nada! As necessidades de cada um, nada têm a ver com os sexos, têm a ver com as suas vidas, as suas personalidades, as suas educações, as suas culturas, os seus corações, mas nunca com os seus sexos. Além disso, considero as mulheres muito mais independentes, em quase todos os aspectos. E amor, por muito que digam que não, é também depender. É precisar no outro, qualquer coisa que nunca se chega a perceber o que é.

 

Mas e sexo? Será o sexo tão bom como quando é feito com paixão? Será que os homens concordam que pode ser igualmente bom? Na minha conversa desta tarde, cheguei á conclusão, a custo, que pelo menos aqueles dois homens concordavam com o meu pensamento. Que duas coisas boas são melhores que uma, que paixão também é importante e é mesmo diferente quando se empurra uma pessoa contra as caixas do correio de um prédio na pressa de a ter, não só porque o corpo nos atrai (que isso também é importante), mas também porque a mente nos atrai (sem muitas vezes a sabermos) ou porque simplesmente já lhe conhecemos o corpo de tanto e tantas vezes o querer e o ter sem o tocar.

 

O “pensamento masculino” nem sempre é aquele que, nós, mulheres interpretamos, nem sempre o pensamento derrotista de “são todos iguais…” está correcto. Porque não há nem homens, nem mulheres, nem pessoas análogas. Às vezes surpreendem-nos, só pelo facto de os entendermos um bocadinho, talvez nos identifiquemos nalguma ocasião, em alguma coisa. Este pensamento surpreendeu-me: “Sei pouco sobre as mulheres e cada vez sei menos. Nem sei – ou quando sei já é tarde demais – se gostam de mim e se isso acontece, não chego a saber o que possa querer dizer. Há muitas maneiras de gostar, é verdade. Quando se gosta de um casaco é ele que o trazemos mais vezes. Com as mulheres é diferente. O que importa, acho eu, não é nem o que elas dizem nem o que elas fazem, mas o que elas não dizem e pensam fazer. É preciso adivinhar, e eu sou muito mau a adivinhar.” (Pedro Paixão)

 

As pessoas fogem umas das outras e deixam vazio, fogem porque não gostam, porque não é o que querem, porque é bom estar mas também é bom não estar, ou porque gostam demasiado. As relações são complicadas, os laços são complexos. E às vezes, o que se quer vai completamente contra o que se sente e mesmo contra o que se pode. Às vezes, as nossas atitudes são o contrário do que na simplicidade deviam ser, e nem os outros as percebem, nem nós. E noutros momentos, em que tudo parece tão simples, nada tem de parecido com a realidade, noutros onde o calor nos arde e depois ele mesmo nos gela.

 

Aí, carinho, amor, sexo, paixão, é tudo igual. Tem tudo o mesmo aspecto fugaz e eterno, o mesmo prazer e amargura, a mesma alegria e dor. E se mesmo assim continuamos a não perceber o que realmente o sexo oposto quer, sente e pensa, é melhor condenarmo-nos ao facto de que fatalmente é tudo melhor às escuras.

 


publicado por Filipa às 23:59
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